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Adaury Salles Farias

Adaury Salles Farias

Cadeira n° 39

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Waldemiro Oliveira Gomes

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Ocupante Atual

José Alberto Tostes

Data da posse: 27/10/2022

Biografia

Publicações Literárias

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José Alberto Tostes, natural de Macapá, arquiteto e urbanista, articulista, escritor, pintor, escultor, artista digital, professor, pesquisador, blogueiro e ciclista, nasci em Macapá, no dia 25 de janeiro de 1964, filho de Francisco Matos Tostes e Angélica Alberto Tostes, o avô era José Barroso Tostes, “ o Professor Tostes” que empresta o nome para rua localizada nos bairros de Jesus de Nazaré até o Muca, casado com Maria Gorette Vasques Tostes e dois filhos, Lucas Vasques Tostes e Alberto Vasques Tostes, tendo uma nora, Keila Bandeira Tostes e um neto, Carlos Alberto Bandeira Tostes. A minha formação começou na Escola General Azevedo Costa, localizada no bairro do Laguinho até a 5 série primária, depois fui para a Escola Integrada (antigo Ginásio de Macapá-GM). Realizei o segundo grau na cidade de Belém do Pará, concluindo o curso no ano de 1982. No ano de 1983, ingressei na Universidade Federal do Pará, primeiramente no Curso de Engenharia Civil e posteriormente no Curso de Arquitetura e Urbanismo, concluindo a graduação no ano de 1988. No começo de 1999, retornei para a cidade de Macapá e fui convidado pelo prefeito da época, João Alberto Capiberibe para trabalhar na Prefeitura Municipal de Macapá, onde desenvolvi as minhas atividades no período de 1989 a 1994, tendo ocupado diversas funções como Diretor do Departamento de Desenvolvimento Urbano por duas vezes, Diretor de Obras, Chefe da Fiscalização Urbana, Diretor do setor de projetos e Diretor Técnico da EMDESUR (Empresa Municipal de Desenvolvimento e Urbanização). No mesmo período, também iniciei as atividades de escritório como arquiteto e urbanista na empresa TCA Arquitetura, atividade que desenvolvi por mais de dez anos. Atuando no exercício da profissão e nas atividades de classe, participei como um dos fundadores do Departamento do Instituto de Arquitetos do Amapá – Departamento do Amapá no ano de 1990; como Conselheiro do Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia – CREA/AP (1994-1997); Presidente do Instituto de Arquitetos do Amapá (1996-1998); Vice-Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil para a região Norte (1996). No ano de 1998 fui convidado para escrever para o Jornal do Dia, na época era um artigo a cada dois meses, esse fato, foi determinante para posteriormente seguir uma longa carreira como articulista de diversos jornais locais. No ano de 1992, ingressei na Universidade Federal do Amapá como professor temporário, e, em 1994 como professor concursado. Na condição de professor e pesquisador da Universidade Federal do Amapá, o meu trabalho sempre esteve relacionado com a produção acadêmica e cientifica desenvolvida em um período de 34 anos. Na Unifap exerci funções importantes como Conselheiro da Universidade (1998 a 2010); Vice-Reitor (2006-2010); Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação (2003 a 2004); Coordenador do Campus de Santana (2004-2005); Coordenador do Curso de Artes Visuais (1995-1996); Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo (2004-2006); Coordenador do Curso de Doutorado em Urbanismo UNIFAP/UFRJ (2016-2020), representei a Unifap em diversos conselhos locais, como Conselho do SEBRAE, IEL, Conselho da Habitação e do Conselho da Cidade. Tive a oportunidade de realizar três cursos de pós-graduação Latu sensu, Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira (RJ) (1993); Padrões e técnicas de controle ambiental pela Universidade Federal do Pará (1994) e Planejamento e Desenho Urbano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995). Na minha fase inicial de carreira na Unifap, no ano de 1999 fui para Havana-Cuba, realizar os cursos de mestrado e doutorado na área de História e Teoria da Arquitetura, ambos os cursos sendo concluídos em dezembro de 2003. No ano de 2006, realizei um curso de aperfeiçoamento através da Twenty International da Universidade da Alemanha na área de Arquitetura Sustentável, ainda no processo de formação acadêmica, a partir do ano de 2010, iniciei um processo de cooperação científica com as universidades europeias, condição que resultou em dois estágios de pós-doutorado, um pela Universidade de Coimbra no Instituto de Estudos Urbanos Regionais (IERU) no ano de 2010 e o outro em 2011 em Arquitetura pela Universidade do Porto, no ano de 2012 realizei um curso de aperfeiçoamento pela Universidade de Roma na Itália e uma cooperação com a Universidade de Salamanca na Espanha. A realização desses dois estágios possibilitou um amplo trabalho de cooperação e integração para participar como professor visitante e integrante de projetos internacionais com as Universidades de Coimbra, Lisboa e Porto, também fui um dos primeiros professores da Unifap a participar do processo de intercambio e cooperação com o Instituto Superior da Guiana Francesa e a Universidade da Martinica. Na Universidade Federal do Amapá, exerci inúmeras funções, professor e Coordenador do Curso de Artes Visuais (1994), Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo(2004-2006), professor e pesquisador no Curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional a partir do ano de 2006, hoje, PPGDAS (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento da Amazônia Sustentável), nos cursos de Artes Visuais, Arquitetura e Urbanismo e no Mestrado ministrei mais de 50 disciplinas, orientei mais de trinta dissertações de mestrado sobre temas do Amapá, 4 teses de doutorado e 2 estágios de pós-doutorado. No período entre (2004 a 2024), publiquei 75 artigos científicos, 60 artigos em anais de eventos nacionais e internacionais, 40 capítulos de livros e 24 livros. No ano de 2010, o Presidente Lula da Silva sancionou a Lei que criou o CAU- Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, se separando assim do antigo Conselho de Arquitetura, Engenharia e Agronomia – CREA. Fui eleito através da chapa vencedora do pleito naquele momento, sendo escolhido pelos pares para ser o primeiro presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU/Amapá para o triênio (2012-2014) e no final de 2014 com nova eleição, fui eleito Conselheiro Federal do Conselho Federal de Arquitetura e Urbanismo do Brasil para atuar em Brasília no triênio (2015-2017). Desde outubro de 2010, atuo como blogueiro através do site www.josealbertostes.blogspot.com onde publiquei 1780 artigos, dos quais cerca 950 artigos foram publicados nos jornais locais como o Jornal A Gazeta do Amapá com a coluna Urbanidade, Jornal A Tribuna Amapaense e o Jornal do Dia, publicações realizadas entre 1998 a 2024. Coordeno dois grupos de pesquisa, o Grupo de Pesquisa Arquitetura e Urbanismo na Amazônia o que possibilitou no período a elaboração dos planos diretores dos municípios de Laranjal do Jari, Oiapoque e diversos outros estudos técnicos e o Grupo da Rede de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo na Amazônia. Dentre as publicações mais relevantes destaco: Planos Diretores no estado do Amapá: Uma contribuição para o desenvolvimento regional (2006); Transformações urbanas das pequenas cidades na faixa de fronteira setentrional (2012); Pensar a cidade (2014); Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (2018); A experiência do Plano Diretor do Município de Oiapoque (2022) e Urbanismo no Amapá (2023); Arquitetura e Urbanismo – 20 anos (2024) e a Origem e Evolução do Curso de Arquitetura e Urbanismo (2024). Foram diversos os projetos de pesquisa e extensão sobre o Amapá envolvendo os municípios e as cidades amapaenses que contribuíram para a elaboração de inúmeras ações estratégicas. Fui eleito em 2023 através de Edital Público para integrar a Academia Amapaense de Letras para ocupar a cadeira de número 39, que tem como patrono Waldemiro Oliveira Gomes. Atualmente também tenho me dedicado a estudar a música na Escola Sol Maior.

Quem foi 

Waldemiro Oliveira Gomes

Quem foi

O Pioneiro Waldemiro Oliveira Gomes, nasceu em Belém, Estado do Pará, no dia 4 de dezembro de 1895. Realizou os seus estudos em Portugal e diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializando-se em Botânica Médica, Parasitologia, Química e Física Médica. Em 1916, com apenas 21 anos de idade, passou a assessorar o eminente médico-cientista Dr. Gaspar Viana no Laboratório de Histologia e Química Bacteriológica do Rio de Janeiro. Com a morte de Gaspar Viana, viajou para Portugal com seus pais e frequentou as escolas, obtendo certificados de especialização em Antropologia Científica e Fisiológica, Agricultura, Sericultura (estudo do bicho-da-seda), Apicultura, Extração dos Princípios Ativos Vegetais e Histologia dos Vegetais. Participou do III Congresso Sul-Americano de Química, realizado no Rio de Janeiro, apresentando trabalhos referentes aos timbós e produtos ictiotóxicos da Amazônia, recebendo menção honrosa, aprovada por unanimidade dos congressistas. Em 1916, assumiu a presidência da Companhia Nipônica de Plantio no Brasil; em 1917 fundou o Laboratório WOG com as iniciais de seu nome, em sociedade com o médico-biólogo Benedito Sá, pesquisou e conseguiu isolar o antiamarílico "Nitidina"; passou a integrar, junto com Benedito Sá, uma das equipes mundiais, formada pelo médico lnácio Castro, afim de atenderem o SOS do governo norte-americano para obtenção de produtos da flora amazônica destinados à substituição do anímico(que pertence à alma); produziu no Laboratório WOG concentrados xaroposo de frutas da Amazônia, ressaltando o do "buriti" e "tucumã" pelo maior teor de vitaminas; possuía um mostruário elucidativo das doses do guaraná, da fabricação de refrigerantes e obtenção do amido extraído de árvores produtoras de fibras; possuía também um mostruário de ampolas de óleo alcanforado, preparado com puríssimo óleo de "patuá", Foi o primeiro no Brasil a industrializar a cafeína extraída da fuligem das chaminés de torrefação de café. Waldemiro Gomes foi autor de plantas e projetos para construção de balneários em Portugal; Diretor e Contabilista de vários hotéis; trabalhou em uma fábrica de laticínio. Retornando ao Pará, foi assistente particular do Dr. Paul Le Coant, Diretor da Escola de Química e do antigo Museu Comercial do Pará. Novamente com Benedito Sá, foi o primeiro no Norte do Brasil a fabricar anódios de ferro para soldagem; o primeiro a fabricar livros de borracha. Chegou ao Amapá, em 1935, conseguindo, através de decreto presidencial, licença para explorar cassiterita, tantalita e columbita, pioneiro em Macapá; autor do primeiro mapa assinalando a ocorrência de minérios na região do Amapari, catalogando 79 igarapés, trabalho esse executado em dois anos, sem qualquer ajuda de terceiros. A Companhia de Mineração, montada em 1935, chegou a movimentar 200 garimpeiros, mas teve de desativá-la por terem sido sabotadas e destruídas suas máquinas e aparelhos. Foi obrigado a vender todas os haveres da companhia, inclusive a concessão do terreno às margens do rio Amapari, organizando em seu lugar um modelar aviário. Recebeu convite do governo para orientar a montagem do Museu Industrial de Macapá, assumindo a Superintendência do Museu Joaquim Caetano da Silva, onde arrebanhou mostruários de madeiras, minerais, fibras, óleos industriais. Enriqueceu o museu com todo o material de suas pesquisas exploradas pelo laboratório WOG, sobre a genética das plantas medicinais e estudos dos minerais. Seus últimos dias foram passados no Museu Industrial, causando estranheza ao gerente do Hotel Macapá, onde se hospedava há vários anos. A equipe que trabalhava com Waldomiro se espantava ao ver aquele senhor de cabelos brancos, trabalhando sem parar, principalmente, o jovem Sacaca que convivera com ele durante tantos anos. Na realidade, o Sacaca foi um servidor dedicado e respeitava seu mestre e amigo. O falecimento do doutor, professor e cientista Waldemiro Gomes ocorreu no ano de 1982, quando completava 87 anos de existência. Seu corpo jaz no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Macapá, sempre lembrado pelos amapaenses. Fonte: Livro "Personagens Ilustres do Amapá" Vol. II de Coaracy Barbosa, edição de 1998.

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